Mil vozes entreguei mil falas calei nos versos desconectados de métrica…
Mil pedaços do meu regaço esbocei nos sorrisos ampliados na partilha desta morada…
Mil lágrimas não chorei timbrei em nuances de frases sinceladas no tacto das palavras….
Mil afectos guardei na eternidade da minha comoção…
Mil espaços ainda vagos anseiam silêncios na metamorfose ao luar…
Mil águas tragam novas regas na Primavera que é infância alicerçada nas minhas palavras onde a poesia acontece sem que poeta eu seja nem escritora conhecedora…
Mil sonhos nunca sonhados na quimera do que sou os traços abrigaram esboços da consciência…
Mil outras margens que o meu legado deixará para os herdeiros destes mil cantos onde apenas sou o que cada olhar encontrar nos mil espaços do olhar!