Por entre Lisboa e o Tejo

Data 02/02/2012 18:25:18 | Tópico: Poemas

Por entre Lisboa e o Tejo



Na estática morada
Permanecem os passos dados
Desenquadrados das imagens
E das pedras da calçada
Pelas pegadas descobertas

No poiso das pombas soltas
Onde as fontes então secaram
E o rio caminha em paralelo
Ladeando as suas margens
De onde brotam tantas memórias

Sem rodeios
Tanto te esperam e anseiam
Na fé de tantos caminhos
Que os desígnios enumeram
Como sentença de vidas

Esta Sé que aqui se demora
E o carro eléctrico que a namora
Num circuito de tantas passagens
Entabulam suas histórias
Num compasso sorrateiro

É o guinchar de tanta descida
Ao cruzamento da Madalena
Rumo à Rua da Conceição
Nos carris desta cidade
Em plena sedução

Prazeres é o seu destino
Como o serão tantos outros
Pela Sé o seu caminho
Deste sentir silencioso
Entre Lisboa e o Tejo


António MR Martins

2012.02.02



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=213077