SOU OUVINTE DO SILENCIO UNIVERSAL.

Data 02/02/2012 20:18:33 | Tópico: Sonetos


Sou mais um ouvinte do silencio universal,
Não me abalo ao mergulhar numa tormenta,
Nem mas me assusta se um ser é canibal,
Pois belas ondas em alto mar se arrebentam.

Certas confissões mais afligem que afagam,
Muitas saídas não passam de meros atalhos,
Dizemos ser sorte se uma bala não deflagra,
Isto depende de onde mirava-se o revolver.

Se a virgindade é impedimento a procriação,
Por que então é sempre vista como um tabu,
Devíamos de fato tratá-la com mais devoção.

Por falta de fome uma comida será enjeitada,
Depois de podre esta alimenta as bactérias,
Somos dejetos, mas conservamos nossa alma.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=213080