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 **Varram as crianças para debaixo do tapete** Data 07/02/2012 15:53:23 | Tópico: Poemas
 
 |  | Pegando nas palavras do poeta Varram as crianças para debaixo do tapete
 E porque não enfrentar o direito de crescer
 No crescente aprender está a constatação
 Adulto é suporte é trave mestra nunca pode ser travão
 
 Peguem nas crianças que se soltem da mão
 Que aqui e acolá dêem um trambolhão
 É um direito assistido no acto da procriação
 Peguem nas crianças e deixem-nas soltas
 Indiquem caminhos, previnam que os espinhos
 Fazem parte da estrada, e por favor não usem as crianças
 Como fardamenta a olhares tacanhos, tanto pudor
 Em tábua rasa despido.
 Quando a realidade no diz que aprendem e levam de vencida
 Olhares medíocres, outros tantos inglórios
 Aprendem que velórios fazem parte da vida
 Quando na escola desbravam os caminhos erectos
 Às vezes não são rectos, mas sempre concretos.
 
 Quando a criança corre veloz, cresce e vê muito melhor que nós
 Que vivemos sobe a capa comodamente vestida do nosso olhar
 Meus amigos deixem às crianças o acto de observar
 Tentem apenas ser a trave onde ao tropeçar se devem segurar
 O lar que seja o porto de abrigo mas que abra o postigo para que possa voar.
 
 Só assim nascerão homens e mulheres fortes
 Só assim o mundo evolui e o azedume empobrece
 Deixem as crianças soltas, libertas, estejam sem estar
 Presentes e com tino, deixem as crianças ler  *poesia*
 E com elas aprendam a meditar, quem sabe aprendem assim a escutar
 
 Tudo o que negam ao acto de criar.
 
 Antónia Ruivo.
  
 Foto retirada do Google
 
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