Ninguém se cruza por acaso

Data 09/02/2012 21:25:24 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Caí num sono letárgico e profundo
Hibernei no vão das minhas memórias
Num útero fértil e prenho de esperança
Ninho onde, feto, aguardo ser nascituro

Já de mim, não sei quem sou, ou donde venho
Perdi-me na linhagem das minhas tantas vidas
Ressurjo da morte revigorada, de alma lavada
No fundo, tudo sei, só não lembro nada

Não estou sozinha, algures expectantes
Os protagonistas dum mesmo pacto
Aguardam o momento esperado do encontro
E sabem que, ninguém se cruza por acaso



Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos
natural: Setúbal



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