A Alma do Fado

Data 19/02/2012 20:51:19 | Tópico: Sonetos



Na velha viela fria quase deserta
Ouvem-se os passos de quem lá pereceu
São almas perdidas há muito esquecidas
Histórias de vida que ninguém escreveu

Portas fechadas postigos sem luz
Vidraças partidas que abrigam pardais
Sombras espalhadas em sóbrios recantos
Ervas que vingam por entre os beirais

E quem à noite por ali passar
Vai poder ouvir choros e gemidos
Vindos de tabernas gravadas no tempo

É alguém que sofre e chora a cantar
As desilusões de amores já perdidos
E a guitarra geme ao som do lamento



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