[E do mar tornaste-te rainha]

Data 21/02/2012 03:43:56 | Tópico: Poemas

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E quando grito o teu nome
no meu,
regressam as breves ondulações,
as descaradas ondulações nas
ansias dos corpos perdidos,
encontrados paraísos, diremos,
repetiremos,

dos paraísos que tememos,
da saudade sempre presente,
e as noites voam,
e as noites voam sempre,
lentamente.

Quero o que não existirá,
jamais,
não é conquista, nem verão,
ou primaveras,
apenas uma brisa, nem palavra,
nem palavras que se encontram,
que tentam descrever os,
indescritiveis sussurros.

E do mar tornaste-te rainha,
não de copas ou de espadas,
apenas rainha de toda a
imensidão que sempre me cercou,
que sempre me foi gemea,
na noite dos pirilampos
rodeando faróis sem luz,
afastando-me de promontórios
afastando-me de perigos desconhecidos,
afastando-me dos furacões
que povoam os dias de cinza,

e quando acordamos das viagens,
e quando regressamos dos universos,
as noites claream,
deixam de ser escuras,
os cometas cumprem então destinos
até onde a vista alcança,

e tudo o que existe, que me envolve,
é-me suficiente,

então.

[Apenas paraísos, diremos: “apenas”].


...
algures num hemisfério,
norte ou sul, que interessa,
num hemisfério da lua,
nascem ilhas desertas,
no mare imbrium.





(...)
Mare Imbrium (latim 'Mar de Chuvas') é um vasto mar lunar, criado quando uma grande quantidade de lava encheu a gigantesca cratera  formada na região da Lua onde se encontra, após o impacto de um objeto celeste com esta superfície há milhões de anos atrás.


das partidas e de alguns regressos...

O Transversal
“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”



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