Lembras-te amor, do que me disseste cantando em tons tão suaves e sinceros? ‘Sei-te de cor’…



Pois eu não poderia dizer outra coisa se não afirma-lo, reafirmá-lo, sublinhá-lo e destacá-lo, sabes-me de cor.

Sabes cada gesto meu, sabes o sentido do meu olhar, sabes ouvir-me sem que fale, sabes ver-me sem estar diante de ti, sabes acalmar-me mesmo antes de te pedir conforto, sabes… sabes, cada detalhe meu e da minha sombra. Conheces as pausas da minha fala atrapalhada, conheces o meu sentir, o meu jeito de te amar.
Sabes que sou louca, sabes que sou a teimosia, sabes ver quando me faço de difícil, quando decido contrariar-te, ser criança. Sabes porque te respiro ao ouvido…

Diz-me, meu amor, que ainda me reconheces… nestas palavras loucas, que te procuram desesperadamente. Inquietas, ansiosas por se tornarem, naquele sorriso comovido, naquele olhar orgulhoso, daquela noite, que se escondia atrás da objectiva que gravava aquele momento.

Como queria tanto que me apontasses de novo aquele dedo da felicidade e que me cantasses de novo esta canção.