Surdos-Mudos
Data 24/02/2012 17:49:24 | Tópico: Poemas
| Somos maestros de uma orquestra que desafina, Mãos calejadas por um ritmo dissoluto que cresce, Emancipação cética pelo trivial que apetece Em um mundo frívolo de aspirações que contamina.
Joga-se a toalha manchada ao relento Pelo sangue deteriorado que alucina, Vírus e bactérias sociais fomentam a carnificina Ceifando a manifestação de todo e qualquer sentimento.
Violas cantam a angústia de um povo sofrido Numa amargurada sinfonia de notas sem tom, Há tempos evaporou-se o que se faz de bom E só nuvens negras mapeiam o que se há consumido.
Há um deserto que reina no espaço mudo E flores que murcham em tímpanos surdos!
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