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 Cadeado anônimoData 28/02/2012 02:53:02 | Tópico: Poemas
 
 |  | Cada dia, uma sentença de morte. Cada dia do diabo, dádiva divina.
 Duas casas para as coisas, duas sinas,
 duas campanas de retratos pálidos na piscina:
 duas meninas, uma em cada dia,
 doidinhas pelo dia em que serão minhas.
 Minhas narinas em ventos de fogo, a marinha.
 O mar nebuloso de ondas secas e cinzas.
 A infantaria de infantes febris.
 Nódoas amarelas de cachos vertidos em sonos de zumbis.
 Coisas que não digo a ninguem,
 nem escrevo,
 mas sei que vem de Ti.
 Clamo a algo agora , Ah!
 Gemo grego nas entranhas desses trechos,
 em máculas dessas esquinas de letras onde se perder é fácil
 e é farto encontrar-se também.
 Ou encontrar qualquer sílaba que dê alento,
 ou amamente com leite a sede de todos os bezerros,
 E quero ser bezerro
 E quero ser materno também
 Parir em mil barrigas e trincas súbitas
 Umbilical remédio para essas brumas de agora.
 
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