Sentei-me no parapeito da janela

Data 06/11/2007 18:47:12 | Tópico: Poemas

Sentei-me no parapeito da janela
Com a claridade a dar-me na alma
Sem desvendar olhares
Nem contar os gestos que paravam
Para me falarem coisas
De outras esquinas
Onde os braços se tinham cravado
Um dia…

A ponta dos dedos adormecia
Na voz quente que os embalava
Os traços não definiam
O perfil das histórias consoladas
Nem o vento passava
Onde os braços cansados
Repetiam calados
As mesmas histórias
Livres e ordenadas
Que
Um dia…

Foram contadas.

Manuela Fonseca



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