
[E por aqui me jazo]
Data 01/03/2012 20:49:13 | Tópico: Poemas
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E por aqui me jazo, mas por aqui estou repetidamente, e o mar jamais se repete, estarei? Mas antes, serei?
Melhor não querer entender, melhor, que o mar se cumpra, que as rotas sejam as já marcadas nas estrelas, entenderei?
Que assim seja a cor do olhar, um arco-íris que desponta após as chuvas da tarde parada, que à noite liberte pirilampos, libertar-me-às? Jamais?
Liberta-me daquela ilha onde jazo, no areal das gaivotas sossegadas, onde plantámos girassóis azuis, [reflexo do céu, cor do mar], onde reconstruiste castelos na areia, ressuscitar-me-às?
Nos pontos e contrapontos, nas claves de sol que iniciam o tocar de sinos a rebate, nos cavalos marinhos em trotes loucos e incoerentes, reclamo pelas suaves brisas, pelo quebrar das harpas de deuses, e nas claridades de um sol avermelhado, sinto-te, sentir-me-às também?
E por aqui me jazo, acordarei um dia, que seja um único dia, sem ti em mim?
Que esse dia nasça cinza... [nascerá?]
Lydia the Tattooed Lady
O Transversal “La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”
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