
Trinquei a maça
Data 22/03/2012 22:28:14 | Tópico: Prosas Poéticas
| Nos teus castigos humanos levaste a minha divindade. Num gesto meigo e tentador, roubaste e supras-te a minha inocência anos-luz longe daqui. Vendeste-me os sonhos dúbios em prol de uma dentada naquela maçã vermelha que trazias em pele nua. Provocaste o Kaus tirando toda a minha ordem. Corrompes-te o meu peito como se trata-se de uma pequena película de fibra que dominas. Tiraste-me aquele bombardear desequilibrado… prometendo-me a nossa eternidade. Vi-me desfalecer… afinal só querias matar a tua fome, agiste segundo o teu instinto e eu, ingenuamente apaixonada, não percebi… Traíste-me em segredos, em toques que me recusaste dar… em momentos de desprezo face à minha adoração por ti. Julguei-te um Deus sagrado e em pior não te podias resumir… És aquele ser que jamais encontrará amor, nestas minhas palavras porque nunca soubeste entender o meu respirar. Morro, num lago imundo de ciúmes imaturos, de dramas levados ao exagero, num lago que eu própria criei com as lacrimosas de ti… Amo-te assim como te odeio, meu ser imperfeito… mas não te odeio tanto como te amo.
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