A DISTÂNCIA

Data 23/03/2012 00:52:51 | Tópico: Poemas -> Amor

Eu trago canções de amor dentro da mala
a arma de um fogo bem precário
declarando o que só no passo fúnebre
ou na tirania vale lembrar

Nenhuma estrada ocupa o meu olhar até o soslaio
a distância é o desembesto de uma solidão
que se anuncia morta
desde a saudade festejada pela lágrima

É muito estranho mas o urubu é o anjo da ironia
a juventude que sobrou em mim dorme na rua
independente de costume ou dia
o amor me enriquece desobedecendo conveniência ou retórica

Porque só amando tanto na fúria do zelo
encontro lucidez e resposta
ansiedade nunca é atropelo
mas a minha chegada é o estabano molhado do amor

sorrindo o que há de esteio



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