MIRAGEM PARANÓICA

Data 27/03/2012 01:33:30 | Tópico: Sonetos





Sou os olhos de quem vê, e a língua de quem come;
Na areia da ampulheta és o destino teu!
É o que escorre lenta e sem nenhum nome,
Nesta miragem das horas que escolheu.

Tenho o tempo que recolho em clausura,
Milênios de sóis em dinastias...
E tão presa como tu és na loucura;
Curo em vida, a morte das heresias!

Venha e mire o fim imaginário,
Suba até a cruz do monte calvário,
E chore a imensidão destes sonhos teus!

Deixe um pouco de ti em minhas saudades,
Soprada areia ao vento em tempestades,
Eu me transformarei em nosso único adeus.



Salvador zimermann Dali


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