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Data 27/03/2012 13:02:08 | Tópico: Poemas
| Procuro no vento o elo que esqueci O caminho perdido água que bebi A morte, é um punhado de pó vadio Apesar de tudo denso mas arredio
Indago, quando a morte chegar O que esperar de lembranças ociosas Um amor de faz de conta, matreira É a vida, uma canseira inútil, mentirosa A noite ao abeirar empurra o desejar
Pela valeta vazia airosa e caprichosa É a vontade que renego, não A palavra dita por vezes em surdina Não, mil vezes não, a morte é ardina Que grita nos tempos vindouros A falta de tacto, a falta de amor Na cor deslavada de uma rosa
Que murcha sozinha embalada pelo vento Desalento no choro escondido Falta de tempo que teve, um amor vivido Sonhado e corrido, foi no vento que o escrevi.
Antónia Ruivo
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