TERNO DO DIABO

Data 30/03/2012 05:01:28 | Tópico: Sonetos





Em frente ao vagar deste sofrimento,
Que este dia recolho com os olhos meus,
Ver caídos na rua ali em movimento,
Uns mendigos então a acenar-me um adeus.

Dentro do meu peito nesta hora eu morri!
Meu Deus que se passa, que desgraça é essa,
Neste mundo que a ninguém e a nada sorri?
Morte viva, em nada a um corpo interessa!

O poder é um diabo sem idade,
Por favor não discuta, não me insulte!
Se não faz o bem a sociedade...,

...A tua honra de humano então sepulte,
Descosture a mentira da bondade,
E ao inferno que você se catapulte!



Salvador Zimermann Dali



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