LITÚRGICA MORTE DAS ALMAS

Data 01/04/2012 18:45:02 | Tópico: Sonetos





Quando túrgido o eu violento e louco,
Derrama-se em aziago paradoxo,
Estou entre o ser e o nada, se tampouco
Morrer ou viver num mundo ortodoxo!

É a fúria da livrança que escarneces,
No meu avantesma em tal sofrimento,
Desfalecido por pragas e preces,
Qual a fé leva-me ao vil purgamento!

Na vida..., é a cura de quem preciso,
Esta essência açoitada por um aviso,
Que num lento galope a culpa me traz.

E a cada momento a tua crua verdade,
Escapa aos dedos da humanidade,
Na forma mais que cruel que te desfaz!



Salvador Zimermann Dali


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