SEM DESCULPAS

Data 09/04/2012 00:21:46 | Tópico: Sonetos




Ó que tamanha e tão triste foi a vida,
Esta a qual eu morei em tantos horrores;
Minha porta aberta em loucura da ida,
Em caminho à estrada dos sofredores...

Aqui negaram-me a sorte da escolha...,
Naveguei então em rumos desconhecidos,
Como ao vento se revolve uma folha;
E foi só a mim os males atingidos...

Não fique a brincar de vida - Ó esperança!
Sua verdade cruel enfie em meu peito,
Sem me dizer a estúpida cobrança...,

...Que o mal me preparou em seu vil defeito;
Deixar-me esta sina como herança...,
Injustiça e fel dormindo em meu leito!



Salvador Zimermann Dali


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