Degraus de seda

Data 13/04/2012 10:52:43 | Tópico: Poemas




Vai até onde ninguém te possa revelar
A cor do rio enferrujado, as mãos encolhidas
Sobre um lençol de éter à procura de uma maça
Que te faça esquecer a morte ou qualquer castigo

Volta a virar o copo e atreve-te a beber da vida
O néctar oxidado da velha fonte fundida
E se vires a luz, deixa a porta aberta
Assim não terei que pernoitar sobre o frio
De desejos em poeira nem ressacar
Os vinte comprimidos de seda nóxia das vielas


Carlos Val



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=219241