
(Poder) Até não mais.
Data 24/04/2012 17:14:49 | Tópico: Prosas Poéticas
| Toma um frasco, uma caixa, uma seringa, uma etiqueta, uma lembrança, um cheiro, uma forma, um preço.Eis a felicidade. Felicidade?
(Venho puro e ileso. Mas és tão sedutor! Qual o preço?) Tua mente, traga-a; tua vida, agora, arrebatada. Há uma regra: não pode haver humanidade. Ficarás duro, não sentirás dor. Nem remorso, temor. Ficarás pleno, euforia atravessando o espírito. Pleno até arrebentar. Pois não poderás sair desta forma simplória. Homem, ou máquina de consumo, não haverá diferença. A criança chorará de fome, a mulher sofrerá dores piores que a do parto. Não chegarão as lamúrias a te afetar. Que esperas? É a tua tão sonhada glória. Coloque o preço sobre os outros, ludribrie-se pelas luzes, pelo aroma do prazer. Tudo ao teu redor, compráras, conquistarás, terás. E tua vida? Perderá a última partícula humana, que dói, que tem piedade. Que ama. Glória!
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