LIBERDADE

Data 25/04/2012 01:27:51 | Tópico: Poemas


E algumas vezes ela sai do conforto
O insensato também
A empregada reclama
Os filhos reclamam
A vizinha fuxica
Provoca tormenta alheia para disfarçar seu descontentamento pessoal

O ateu diz bom dia
Sanciona moralmente sua descoberta espiritual
E enquanto a ''presidenta'' diz bom dia
Pessoas distintas conferem a alta dos índices

Os carros passam pelas avenidas
Pessoas transitam pelas ruas
Milhões de ideias, preocupações e alegrias
Ninguém sabe ao certo, mas estão a gritar silenciosamente pelo ar

E algumas vezes eu me pergunto;
Para onde ruma este formigueiro informal?
Inexatas condições
Indispostas reações

Impensáveis decisões...
E eu aqui
Infinitésima parte deste todo que me cerca
Querendo a todo custo não ser
A diferença provisória da mudança ególatra

Acontece que sou livre
E a mão que norteia apontando minha estrada
Não pertence a direção que escolhi
Sou a própria vontade

Engula-me vida
Deguste meus defeitos
Se engasgue com minha ira
E quando eu abraçar a bandeira do amor

Não me peça, por favor
Que desvie minha atenção
Sou o próprio governo que impera meu coração
Assim como meus iguais, meus corajosos irmãos

Algumas vezes ela reclama da vida
E eu com isso?










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