Sincero.

Data 26/04/2012 06:36:04 | Tópico: Poemas

Moldes de porcelana perderam a graça
Hoje soberana e potente
Impera a política desgraça

Nos acostumamos a morder a isca
Nos habituamos a acreditar
No que dizem falsos golpistas
Que em palanques danam a falar

Tudo que fiz foi competência
Fabriquei hospitais por benevolência
Tracei seus rumos a meu favor
E tudo que preciso é de teu louvor.

Um maior cargo eu requisito
Pra te ajudar povo perdido
Sonhe com o inalcançável
Que te alimentarei de promessas povo insaciável

Não pensem por si em dezenas
Um bem maior farei e apenas
Atenue uma certa indiferença
E te farei acreditar numa só crença

Pois se tu, ó grande povo em mim votar
Eu mesmo tereis por recompensa
E sem poder reclamar
Também serei tua descrença

E me dirás: tú me enganaste
Com falsas cortesias
Simplesmente cancelaste
Cada minha fantasia
Que tu mesmo alimentaste
Através das cantorias

Mas tu mesma andou a gozar
De tudo que em lisonjas te mostrei
Achavas que eu a andar
Faria tua a minha grei?

Está perdida pobre nação
Não posso te mudar
Lhes contei mentiras, uma porção
Mas você nem pra observar

Tão pesada ignorante
Insiste em continuar
Uma sociedade pedante
Que se habituou a não lutar.

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