Depois da última batida

Data 01/05/2012 01:33:53 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Não há uma forma exatamente definida de mim
Procuro, sempre encontrando alguns pedaços
Mas nunca estou inteira...

Minha alma é um mistério sem solução
Ás vezes penso que ela nem deve ser desvendada
Tenho medo de me descobrir.

Há vários caminhos que se desdobram na minha frente
Mas nunca sei qual seguir,
Acabo naquele que me faz sofrer
E se eu olhar para trás, sempre há lágrimas
Marcando a estrada.

Não espero nada demais da vida
- A não ser a morte –
Porque todas as faces da felicidade se mostraram tristes depois
E refletindo sobre cada segundo desta minha vida
Eu sempre estive partida.
Eu sempre estarei partida.

Sou a conseqüência das minhas atitudes
Então, eu sou a única culpada pelo que resta de mim
A culpa é minha, somente minha
Por eu ser e estar assim...

Amanhã, enfim...
Tudo acabará...
E a verdadeira eternidade nunca mais terá fim...
Saciada pela sede do meu sangue
Sendo invadida por um frio mortal
Meu coração nunca mais vai parar de novo
Depois da última batida.



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