 
  
    	Salve o santo labor da natureza - Lizaldo Vieira
    	Data 01/05/2012 15:11:45 | Tópico: Poemas
 
  |  Salve o santo labor da natureza – Lizaldo Vieira Quero desses instantes  Em que a abelha sabe trabalhar  Unida Pra tecer o mel  No favo do dia Saciar a fome  Na festa da colmeia Se tudo é belo  Tudo é preciso  Salve  Salve  Todos os pais  Todas as mães  Todos os filhos  Todos os bichos  Todos os descendentes  Todos os nichos  De bichos e gente  Todos os cheiros  Todas as cores  Todas as falas  Todas as caras  Todos os sabores  Todas as raças  Todas as espécies  Todos os amores  O santo labor  De tantos serviços  Que é bom  Que é divino  Todo progresso  E se não fosse a santa armonia  De por sagrade e vital seiva  Do santo suor  No rosto da vida  Esparramando no universo  O xamego da reprodução  Em sesu cios  Como ter vida em abundancia  E se tudo fosse embate  Só greve  E se o vento parasse  O sol parasse  A brisa parasse  A noite parasse  O dia parasse  A chuva parasse  A água parasse  O rio parasse  O mar parasse  A arvore parasse  A relva parasse  A floresta parasse  A fauna parasse  A flora parasse  O sabio labor  E toda vida da biodiversidade  Revoltada por tamanha ingratidão  Dos humanos  Resolvesse ficar em greve  Fechassem o balaio  Trancasse as portas  Cruzasse os braços  Cade alegria no ceu  Suas estrelas  Cade luz  O sol vermelho  O calor esquentasndo as formas  Esquecendo reclamos  Natransformação da natureza  O que seria dos terráqueos  Que ignora os serviços  Do bem  ENQUANTO explora  Espolia  Polui e esvazia  Até desmonta as intercalações  Deixando acabada  Desfigurando a mãe natureza  Como olhar pro tempo  Sem insetos alimentando a cadeia  Os pássaros alegrando as manhas  E montanhas  O que seria sem viver sem terapia  Espiar a cachoeira jorrando das pedras  Paredões de água  A evolução das plantas  Em seu prazer de alimentar  No roçado  Na virada da madrugada  Tudo cresce e floresce  Não podemos negar  O mais incrédulo e insensível  Dos homens  Que os santos serviços ecológicos  Prestados pela anônima natureza  Só nos beneficia  Cabana e vinha  Sem nada cobrar da logica  Trabalho-capital  Ignorávamos  Teu labor ó gaia  Perdão pelas contradições sociais  Dos sistemas desumanos  Nas relevâncias econômicas  E suas formas encartoláveis  De controle  De escravizar  Velha pratica  E tentativas vãs  De sobrepujar o trabalho  A beleza dos seres  A natureza  “O céu já foi azul, mas, agora é cinza”.  E o que era verde aqui já não existe mais...  Este ar deixou minha vista cansada.  “Nada de mais”  Renato Russo  “No suor do seu rosto, comeras o teu pão".  Um bom dia dos trabalhadores.  Para todos e todas  Trabalhar é preciso  Escravidão  Nunca mais 
 
 
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