
Vida Ou Morte.
Data 04/05/2012 00:33:44 | Tópico: Poemas
| São quase meia noite. E estou aqui sozinho. Caminhando sem destino. Numa avenida a beira mar.
E a luz do luar a me iluminar. Ouço ao longe o mar clamar. Me parece um canto triste. De uma sereia nas ondas a cantar.
Sinto que a um mistério no ar. Um vento forte a uivar. Trazendo uma neblina densa. Fico então a pensar.
Muitas coisas a imaginar. E o meu coração o medo a tocar. Percebo que a magia esta a me rodear. Que uma força estranha esta a me levar.
Em certa direção estou a caminhar. Não sei onde vai dar nem onde vai parar. Mas uma certeza tenho que estou a mercê. E meu corpo todo começa a estremecer.
Mas continuo sempre a caminhar. Tento parar mas esta força faz me andar. No meio desta neblina que não quer passar. De repente um vento frio começa a neblina espalhar.
Sinto um calafrio a cada passo. Então bem alto começo a gritar. Mas o que ouço é só meu chamar. É o meu eco nas ondas a replicar.
Pouco a pouco ao longe começo a enxergar. Uma grande multidão mas parece um batalhão. Que num idioma estranho vem cantando. Parece que aos deuses estão louvando.
E o vento forte continua a soprar. E uma tempestade começa a se formar. E o meu rastro que na areia que avia ficado. Uma chuva forte começa apagar.
Em direção da multidão começo a correr. Mas sinto em meu coração o medo a crescer. E a grande multidão cantando e gritando. Seus símbolos bandeiras e armas ao céu levantando.
Cada vez mas perto com destino incerto. Em minha frente um vulto a me chamar. Milhares de seres estranhos a me rodear. Seres magnifico do fundo do mar.
Então o vulto começa a se mostrar. É uma linda sereia com seus olhos a brilhar. Chegando quase a me hipnotizar. E com vós de veludo comigo a falar.
Vim te buscar foi tu que escolhi pra comigo ficar. E nas profundeza deste reino encantado. Pela eternidade iremos reinar. Nova raça iremos formar.
Não tenha medo sua vida ja foi desenhada. E nas paginas do tempo foram gravadas. E também a escrevi nas linhas do destino. Só lhe resta seguir esta é tua sina.
Mas se quiser pode mudar. Esta escrita pode apagar. E uma nova historia moldar. Pra tudo diferente começar.
Vou lhe dar esta adaga. De de ouro e diamante encravado. E em sua lamina um fogo a queimar. É só em seu peito enterrar.
E seu coração perfurar. E o sangue começar a derramar. Sua vida começa a se dissipar. E as linhas do destino irão se desintegrar.
Prefiro a vida tirar. Do que escravo me tornar. Num reino eterno morar. Contra a vontade ti amar.
E a adaga ao céu levantei. E com vós forte gritei. Jamais serei seu rei. E a adaga encravei.
E o sangue ali a jorrar. Areia da praia a manchar. Vi o tempo pra traz voltar. E o destino a mudar.
E na areia ensangüentada. Um corpo ficou ali deitado. Era o corpo da sereia. Uma deusa que não amei.
Direitos Reservados Ao Autor Valentim Eccel
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