vermelho quente

Data 17/05/2012 20:19:31 | Tópico: Poemas

mal te sinto
à ombreira da porta
entreaberta
sei do inevitável
reboliço do corpo
do desalinho do chão
sob os nossos passos.
de pronto somos
impiedosas bocas
que se mordem,
botões rebentados
os seios soltos
entre as tuas mãos
língua com língua
nesta ânsia
pele com pele
a salgar-nos o ventre
de saudade
esfarrapados.
que importam os outros
cá dentro há o mar
só nosso
em vagalumes
de esperança.
cá dentro
demolimos paredes
que se envergonham
do desnorte
em nossas coxas
a gemer
em chamas
o vermelho quente
da paixão.
quero-te em mim
abre-me toda
volta-me
arranha-me os poros
transpira-me
no teu corpo teso
em espasmo de amor.
não páres, verga-me
rasga-me e verte-te
em mim cravada em ti.
e,
sem querer saber
sequer
se a porta se fechou.
mal te sinto
à ombreira da porta
entreaberta
sei do inevitável
reboliço do corpo
do desalinho do chão
sob os nossos passos.
de pronto somos
impiedosas bocas
que se mordem,
botões rebentados
os seios soltos
entre as tuas mãos
língua com língua
nesta ânsia
pele com pele
a salgar-nos o ventre
de saudade
esfarrapados.
que importam os outros
cá dentro há o mar
só nosso
em vagalumes
de esperança.
cá dentro
demolimos paredes
que se envergonham
do desnorte
em nossas coxas
a gemer
em chamas
o vermelho quente
da paixão.
quero-te em mim
abre-me toda
volta-me
arranha-me os poros
transpira-me
no teu corpo teso
em espasmo de amor.
não páres, verga-me
rasga-me e verte-te
em mim cravada em ti.
e,
sem querer saber
sequer
se a porta se fechou.



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