Já nada sei de mim

Data 17/05/2012 20:03:57 | Tópico: Poemas -> Amor


Já não caminharei nas áleas do teu corpo
nem nas nuvens cristalinas do teu olhar oásis
nem no rio ameno dos teus braços quentes

Não mais penetrarei nesse olhar vulcão
incandescente lava que me abraça a ilusão
nem mais o meu corpo sentirá o tempo
aprisionado nas nossas mãos, indolente…

Dispersa piso a densa floresta da inanição
onde o sol chamusca as copas secas das árvores
onde os pássaros cantam no horizonte desconexo
na magnitude vítrea de ser poesia… mais além
e onde as ruas se estreitam nos olhares baços
em lamentos calados dos seres ainda crentes

Sabes amor? já nada sei de mim

16/05/12


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=222332