[… como a árvore arrancada
Data 18/05/2012 04:49:19 | Tópico: Poemas
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… como a árvore arrancada pela raiz descansa imponentemente deitada, abriga
o que não se vê, como o que
sobra quando se escreve do amar, será o que se sente? partilhar-se-á alguma vez? abrigar-se-à o verso?
Jamais saberei do vil fingimento das palavras mesmo as que nada significam, jamais se abrigarão na árvore que jaz imponentemente deitada, arrancada. Jamais saberei dos vis sentimentos dispersos pela folha de papel em circulos. Esqueci-me dos violinos pela noite... ou do luar...
saberei que o inicio
do que não se vê, jaz num canto, e pouco interessarão as frases repetidas como ecos, que me esforçam, cansam-me o corpo.
Vã a viagem,
nascerão cinzas numa lareira pelo inverno, que sejam as minhas,
a árvore arrancada pela raiz, continuará a descansar imponentemente, deitada, apodrecerá pela manhã.
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
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