
ANÁLISE
Data 18/11/2006 12:34:16 | Tópico: Crónicas
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Ah, mas enquanto imperar o orgulho, Esse absolutismo fatal e decadente, Que te nega a aspirações de glória, E estes muros que te restringem E te afastam da tua própria génese, De ser humano que é finito E dado a erros de observação; Enquanto não aceitares e respeitares As diferenças dos outros _ a sua individualidade _, Serás sempre a negação concreta À tua própria liberdade; Enquanto os quiseres fazer à tua imagem, E te perderes numa busca constante, Pela perfeição, Ter-te-ás a ti como o diferente, Sempre que de diante dos outros.
Logo... o que daqui resulta, É que os outros é que agem bem _ Se não te acreditas, Ou, por oposição de princípios, Errados serão _ Se te acreditas em demasia.
Assim, e enquanto assim for, Serás sempre, mas sempre o infeliz!
E mesmo que te aches em uma sala, Repleta de gente, à tua volta, Mais profunda a tua dor; Mais os teus olhos, não dirão O sorriso da tua boca; Desajustados serão os teus passos, Em teu caminhar; E maior o engano, que A ti próprio impuseste.
E à boca da noite, no Teatro da vida, O actor representa, para público nenhum, O seu último e derradeiro Acto!
Jorge HUmberto in Saiu A Fera De Mim
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