DUMA JANELA
Data 20/05/2012 20:54:31 | Tópico: Poemas
| DUMA JANELA
Duma janela sentada me levanto O frio das horas é uma estalada As estrelas sabem bem, e quanto É amargo este sabor a pranto Que sabe tanto E não sabe a nada. Espreito por cima do ombro, O meu caminho? O meu destino? Que negro assombro! E o lento tombo Tomba sozinho. Duma janela sentada me debruço Sentido o frio na espinha do cair Salto no silencio dum soluço Na escuridão, no meu percurso Sem ter recurso Me deixo ir. Duma janela sentada me lanço. Boiam sobre as ondas da utopia Os meus olhos, pedindo descanso. A lua quente traz-me a noite fria Oh, alma vazia Pra onde vais? Já não te alcanço.
Carvalhal 14-03-12 Beija-flor
|
|