
[… e como sinto o vento que insiste
Data 21/05/2012 21:06:11 | Tópico: Poemas
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… e como sinto o vento que insiste em levitar-me pelas falésias acamadas como núvens escuras dispersas,
e como sinto o vento tocando-me na face
pelo sorriso desta manhã adormecido,
adormeceram-se as longas distâncias, adormeceram-se as longas histórias, adormeceram-se as súplicas.
E como sinto o vento que insiste em repetir-se levemente, como um linho que me toca, qual algodão,
e como sinto o vento espraiando-se pela claridade nesta terra castanha escura que piso,
como o sinto.
Reluzem as pegadas que o vento não levou, o que restou do amor, talvez,
que as monções resistam nas tatuagens eternas do mar, que a memória resista como o vento que insiste,
insiste,
ah... como insiste o vento em levitar-me de mim.
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
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