ROSAS QUE FALAM

Data 25/05/2012 23:36:59 | Tópico: Poemas







As vezes sou a seiva que corre nas veias de folhas verdes que ornam jardins em praças bonitas

Folhas que dançam tranquilas sob ventanias campestres em uma tarde formosa numa Sexta-Feira qualquer

São queridos os olhares translúcidos a me admirar. Vejo sorrisos. Encanto passantes e seus olhares distantes

As vezes sou flores, tocadas, cheiradas, queridas. Tocantes

E se retraem os espinhos protetores de minha doce majestade

Dando lugar aos afagos de mãos que sonham um sonho secreto

Me fazem de tapete real á receber princesas e reis em seus tão sonhados castelos pessoais

As vezes sou tão precisa

Precisada. Coisa tal procurada

Na conjura de amor a flor da língua nessas bocas que imploram o preciso tão '' Pra sempre ''

E mesmo quando estão ajoelhados, desarmadas almas com paixões expostas

Sou eu quem está nas alturas. Empunhada por mãos trêmulas e na derme das faces fico imposta

As vezes sou diplomacia

A desculpa muda onde emana as palavras do silencio perturbado

Que houve de machucar um coração erroneamente injustiçado

As vezes da certo

E quando esboçam sorrisos nas frontes desses lábios magoados, pacificados corações se alegram por fim

As vezes sou despedida...

Quando falta a última palavra de adeus que ser algum jamais saberá pronunciar

Na grande dor que sentem

Por aqueles que se vão para sempre

Eu sou a lágrima do amor, que gotejada em forma de flor

Abraça o passageiro da vida surpresa que vem

O enigmático novo. Desconhecido talvez, que se vai e carrega

No dorso do corpo, pessoa amada, muda sem vida e calada

Para sempre o carinho desnudado por palavras que nunca foram e jamais serão faladas

As vezes sou tida

Como a essência real do amor nessa vida

Sou remédio prescrito pra curar as feridas

E unir corações

Sou a eterna visão na perpertuada condição

De calar a voz querida

--Eu te amo, isso basta--

As vezes sou rosa, as vezes me calo, as vezes sou vista.




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