
[… e enquanto me espraio longe
Data 30/05/2012 02:32:57 | Tópico: Poemas
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… e enquanto me espraio longe dos lusitanos areais em mares tão distantes, para além dos imaginados,
acorda-me alguma canção sem refrão, de um amor para sempre arrastado pela ondulação,
amor, ou desamor que ficou algures, nostalgia ou mesmo interdição, mas o desejo ainda se mantem, assim, assim...
Tocam os sinos a repique, ainda os ouço da partida, como um fado que revisito na memória, que se repete,
que se arrasta sem permissão, e que invade, que sufoca ainda mais que a saudade.
Tão longa a longitude percorrida.
Rogo pela mansidão do amanhecer, sem sons ou síncopes, doutos os que esperam sem pressas, e que celebram o renascer sempre anunciado, que se repete, e se multiplica pelo tempo,
eu, renuncio-me ao acordar, e jazo-me, longe dos lusitanos areais em marés distantes que se espraiam por mim adentro,
[sem fim, sem ti, assim, assim...].
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
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