
[ … abriga-me as mãos, possa eu escrever um verso
Data 06/06/2012 03:36:41 | Tópico: Poemas
| . . . . . . . . ........................................ ****************************************
… abriga-me as mãos, possa eu escrever um verso, grita-me, grita-me as pontuações que eu não consigo declamar,
e, nos traços que polvilham o papel, desenha planetas, cometas, a estrela da manhã.
Que caiam as núvens como os braços cansados de remar, ancora-me longe de terra, e o mar que se apiede das tatuagens em queixumes meus, ser-lhes-à sempre longinquo a imensidão do sonho,
ser-lhes-à sempre a alma do mundo que se extasia, nos olhos semicerrados,
destinos incumpridos, repetirei.
Vê a beleza do adormecer do dia que me queda para além das cascatas abissais da noite.
Nos traços que polvilham o papel, dançam os planetas, os cometas, a estrela da manhã, … repeti-los-ei,
[ clama-me na metamorfose desta nostalgia que me molesta sem fim].
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
|
|