O poema escorre-me pelos dedos

Data 07/06/2012 08:19:01 | Tópico: Poemas




A noite cerca-nos, devora-nos
Sem que saibamos o nome um do outro
Procuro o rosto com os dedos
Como o pólen que respiro da tua boca

Já não sei ouvir o mar sem encostar
O ouvido ao teu peito
Nem olhar o céu sem que me emprestes
Os teus olhos dormentes

Resta-me o sujo dos lençóis
Onde as minhas mãos se arrastam
Dentro desta loucura precoce


Carlos Val




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