«« Acto de amor…««

Data 13/06/2012 19:57:59 | Tópico: Poemas



Cheguei a um estado de complacência
Onde a perspectiva inexistente é aprazível
Compreensível na minha alma bicolor
Apenas um parco entendimento sofrível
Deixa aos outros a transparência
Do que fui, sou, monta de alguma dor

Preciso de um tempo que não temos
De um caminho paralelo
Há-de ser falta ou desmazelo
Comodamente baixo os olhos

Deitada na tua lembrança
Vasculho breve esperança
O toque da tua mão
Calor ameno, o meu coração
Levita agora no teu olhar
No teu leve gargalhar
Falando de coisas banais
Lembranças infernais
Ao meu coração arredio
Recordo de fio a pavio
Cada gesto teu.

Indago finalmente o porquê
A ausência
Comodamente sem interferência
Deixo a vontade à mercê

Na saudade agonizo com alguma eficiência
Qual será o teu pensar, as vontades contidas
Serão idas ou vindas ou a tua dor
Será que me vês despida de artefactos
Uma breve atenção nos instantes parcos.
Multifacetada convivência ou acto de amor.

Antónia Ruivo.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=224462