[… do anti-verso que se exaspera
Data 16/06/2012 04:23:33 | Tópico: Poemas
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… do anti-verso que se exaspera, como o alazão puxado pelo freio, se quedam as palavras indomáveis,
mesmo as que carregam as cores, mesmo as que carregam os sons,
e das nenhumas imagens que desejo, [consigo] visionar, tropeço nos desassossegos, nos recantos que ficam por preencher, nas pedras angulares que nada sustêm, nem pós.
Explica-me os labirintos de mim por onde me perco, explica-me o sorriso, explica-me o inexplicável, por onde me desnovelei inda agora nesta maré de sizígia que jamais vogará pelo poema afora. Desnuda-me.
Adensam-se os cirros em círculos que envolvem os lábios que imagino entreabertos,
confesso-te;
dormiria ao relento nos labirintos por onde me perco, se as tuas mãos me escorassem.
experimental II. Palavras rabiscadas numa Moleskine sem prazo de validade.
Maré de sizígia - as maiores amplitudes de maré verificadas, durante as luas, nova e cheia, quando a influência da Lua e do Sol se reforçam uma a outra, produzindo as maiores marés altas e as menores marés baixas.
inda agora seja.
“6”
“Amo o caminho que estendes por dentro das minhas divisões. Ignoro se um pássaro morto continua o seu voo Se se recorda dos movimentos migratórios]E das estações. “Mas não me importo de adoecer no teu colo De dormir ao relento entre as tuas mãos”
(“Do inesgotável” Daniel Faria)
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
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