CARÊNCIA

Data 24/06/2012 15:35:02 | Tópico: Poemas

Meu corpo indigente, derrama-se desolado
num choro contido soluçante
desertificado dos teus dedos,
que me faltam, no meu corpo distante, do
teu corpo de transcendência, do
teu corpo do meu descanso!

Entre longe e perto, no vendaval do desejo
vivido sofregamente no vazio
transpiro avidez no meu leito, encolhida em feto
mãos entre as coxas
apertando o frio!

Exausta das sombras difusas
aconchego-me nos lençóis alvos
e reclino-me na invenção, emudecida!



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