Ser que não é

Data 18/11/2007 20:35:44 | Tópico: Poemas


É para mim que os sinos tocam,
E os cães uivam o hino das memórias.

É para mim que o galo treme
E se satisfaz até morrer.

Sãos os dedos da terra
Que cumprimentam e
Me convidam a entrar.

No peito, a erva avança
Com a certeza de um atirador.

É no abismo que eu intervenho
E presido. É da patológica brutalidade ofensiva
Que advém o meu conhecimento.

É no gume da noite que me acalento
E disperso transversal,
É no fórum do amor latão que me despeço
E apresento queixa a Deus.



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