
ÚLTIMO BANDIDO ROMÂNTICO
Data 10/07/2012 23:52:46 | Tópico: Poemas
| Deu trabalho colocar aquela lua acima dos prédios, mas foi legal, o amarelo é sempre mais intenso que a ladeira, como eu roubo o que resta de orgulho no cadáver.
Eu não tenho mais saco p'ra falar de pássaros e de anjos, quero porrada e palavrão confessando o amor, quero sangue e revólver na cara p'ra deixar claro o quanto amo
incorretamente apaixonado entrego a alma ao abandono.
Eu não piso salmos inéditos e claves esféricas nos campos de morangos sinfônicos de cor, o vermelho que conheço é do sexo solitário que afunda o meu carro desabalado na vontade de um dia ter você.
Velhos socorros acordam papagaios tudo é possível a musa dança nua d'entre as velas do velório e o panfleto da revolução anuncia obscuridades do espírito que a moda não traduz, porque o parentesco da primavera é com o bordel e o desastre.
Sanduíches e grelhados sorteiam roupas do couro da verdade, aonde vou mantenho o crédito do sonho, último bandido romântico levo da festa dígios incompreensíveis e a alma perdida do menestrel que abandona até a rima
de tanto morrer de amor só por você
|
|