Quero-te tatuado no meu corpo Como quem quer infértil a madrugada Ser poesia em pele entranhada Nas entranhas desta impudica amordaçada Respirar por todos os poros Onde o ar se entrega sem medo Desnuda-se o olhar sem segredo E o orgasmo das ondas junta-se a nós Somos cântico entoado a uma só voz Neste mar sedento de acácias rubras Desfeito em cada pedaço de mel Onde perdura o fel No sílex inconformado No ventre (in)saciado Fervilho, adoço e arrepio o desejo Todo este ensejo De dor e pecado É o meu corpo (n)o teu A fazer(-se) céu Nu(m) poema embriagado…
Sem saber se volto ao teu corpo sibilante Declaro-me hoje que te tenho a meu lado Quero apenas morrer nos teus braços Despertar dos teus lábios o chiste… E quando a manhã chegar Conta-lhe a nossa história Só o voo da águia saberá a glória Que poisou esta noite em nós Amor!...
|