A Derradeira Viagem

Data 26/07/2012 08:17:27 | Tópico: Poemas -> Reflexão










Na estação da vida espero o trem aparecer,
talvez seja essa tarde ou neste anoitecer,
quem sabe amanhã em um novo alvorecer,
mas, somente Deus tem poder para saber.

Do julguei que possuía nada restou,
estou despido tal qual como cheguei,
mas a aura que envolve-me revelou,
todos pecados que na vida pratiquei.

De repente ele aparece sem avisar,
na plataforma do mundo de ilusões,
onde temerosos aguardam multidões,
sem saberem onde irão desembarcar.

Ainda que não tenha terminado a hora,
de minha trajetória no mundo inferior,
sou levado para saber o fim da história,
de quem não cumpre as leis do Criador.

Sutilmente ele surge sereno e reluzente,
na sua fachada está gravado o seu nome,
em letras douradas de um brilho sem igual,
Destino, justiça, vida material e seu final.

Sem relutarem todos vão embarcando,
nos vagões que lhes foram destinados,
vejo que centenas deles estão chorando,
carregando o fardo de múltiplos pecados.

Voando pelo espaço como filme de ficção,
a pluralidade de mundos que Deus criou,
vão surgindo tal como Jesus nos ensinou,
finalmente parando na primeira estação.

Ali descem todos tiranos e desalmados,
levados por seres das trevas e terror,
junto com eles maledicentes e celerados,
porque ali é o planeta do inferno e pavor.

Com eles seguem corruptos enganadores,
assassinos impiedosos e todos malfeitores,
gente materialista que julgavam ser imortais,
sem perceberem que somos todos iguais.

Mais leve continua o trem sua viagem,
transportando o desespero da saudade,
e o medo do que os aguarda ao prosseguir,
querendo, mas não podendo dele fugir.

Percebo que outra estação ele alcança,
da janela vejo um deserto espantoso,
sob o céu cinzento escuro e tenebroso,
almas perdidas vagueiam sem esperança.

É o planeta da miséria e eterno sofrimento,
daqueles que não creram na sublime lição,
que diz que a solidariedade é d’alma alimento,
e que fora da caridade não existe salvação.

A cada expurgo do mal o cenário vai mudando,
densas nuvens que ocultam o céu se dissipando,
até que surge o planeta da penúltima morada,
dos que conseguem percorrer a longa estrada.

Vejo campos extensos floridos e verdejantes,
mãos suplicando clemência com fé e confiantes,
na misericórdia do supremo e divino Criador,
porque nunca duvidaram que só Ele é o Salvador.

Por ser impuro, imperfeito e muitíssimo pecador,
sou reconduzido a estação onde tudo começou,
ajoelhado e aos prantos rogo perdão ao Criador,
e ao maquinista daquele trem, Jesus o Redentor.












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