Meu desejo? era ser desse teu leito De cambraia o lençol, o travesseiro Com que velas o seio, onde repousas, Solto o cabelo, o rosto feiticeiro... - Álvares de Azevedo
Confesso senhorita! Confesso Que quando vejo tuas faces risonhas, A paixão já começo a sentir, Mas à noite não consigo dormir Só pensando nas tuas vergonhas.
Teus seios mimosos de virgem... Ó que sonho desfrutar do sabor; Ontem, pequenas ameixas, Mas hoje, maçãs do amor.
Feliz e triste, meu doce, sou eu! Pois outrora vi lindas pernas nuas; Ó Mulher! As tentações insistem, Por isso me diga se existem Coxas mais belas que as tuas!?
Tua barriguinha me mata, minha deusa! São muitas as coisas imaginadas Na minha frágil cabeça ao ver A escultura a se mexer, Curvas e ondas danadas.
Teus lábios... Outro mistério! Tenho sede ao senti-los tão perto, Vejo neles cerejas maduras, As mais raras e boas doçuras... Um delírio! Isso é certo.
Infinitas são tuas belezas; No momento só posso sonhar, Mas um dia, ainda descubro... O erotismo por trás deste olhar.
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