
[ … e quando as ignescentes estilhas se consomem
Data 28/07/2012 04:27:02 | Tópico: Poemas
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… e quando as ignescentes estilhas se consomem, renova-se pelo fogo o sentir julgado naufragado.
Alterosas as ondas que ouço em solilóquios crescentes, rumores que se transformam em urros, quão perto a crespa tempestade é de mim,
ribombam sussurros teus nestes longínquos silêncios meus, amordaço o alvitrar repentino, que renasce, que se encabrita,
como os lírios pelo matinal orvalho.
Acrescento-me aos desconhecidos mares, neste vai e vem, ah... ondear que me extasia, e, desfaço-me da partida nesse dia em adeus, nos desencontros que foram as rotas nossas.
Que o mar, uma noite me faça ancorar, nos braços teus.
experimental, palavras rabiscadas numa Moleskine com prazo de validade.
ignescente – que está ardendo estilhas – lasca de madeira perdi-me, perdi-me de toda esta terra, quando te extinguiste de mim.
“Quando é que passará esta noite interna, o universo, E eu, a minha alma, terei o meu dia? Quando é que despertarei de estar acordado? Não sei. … Gato que me fitas com olhos de vida, quem tens lá no fundo? … Sorri, dormindo minha alma! Sorri, minha alma, será dia!”
(“Magnificat” Álvaro de Campos)
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
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