
Hoje sou apenas um triste passarinho Desesperado em busca de novo ninho Para serenar meu pequenino coração. Tentando voar sobre o fogo e fumaça Vou lamentando a tristeza e desgraça Que homens construíram por ambição.
Lindas e seculares árvores tão amadas Queimam sobre o chão desesperadas Sem saberem a razão dessa crueldade. Meus amiguinhos que não sabem voar Tentam fugir, mas não podem suportar Fenecendo sem compaixão e piedade.
A terra que lindas flores lhe enfeitavam E múltiplas plantas tão felizes vicejavam Arde em chamas como larvas de vulcão. Nuvens densas ofuscam o céu multicor Cenário assombroso e de imenso terror Frutos de quem não tem alma e coração.
Nos rios de águas límpidas borbulhando Os Indefesos peixinhos vão agonizando Sem poder suportar calor tão abrasador. Em pouco tempo a natureza verdejante Transforma-se num deserto escaldante Destruída pela ambição de seu agressor.
Meus olhinhos lacrimosos e embaçados Vê os homens festejando seus pecados Alegres pelo novo cemitério construído. Caminhando sobre o sangue derramado Indiferentes ao paraíso agora devastado Sorriem vitoriosos ao ver tudo destruído.
Mãe natureza onde nasci com santidade Voando entre os raios de sol e claridade Alegre anunciando um novo amanhecer. Sobrevivi e conto em poesia toda agonia Da insensatez que vivenciei naquele dia O qual infelizmente não posso esquecer.
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