OS LOUCOS DA MINHA RUA

Data 03/08/2012 19:58:45 | Tópico: Poemas

OS LOUCOS DA MINHA RUA


O ar que se respira, carbono negro, denso,

quase impuro, nada tem a ver com a cor,

nem com as guelras (do odor não me lembro),

vem da memória, dizes, talvez do coração,

pois nem o pulmão que o inspira, sente.

Assim se vão passando os dias, indolentes,

aqui no asilo, onde às árvores chamam gente,

e elas murmuram entre dentes, qualquer coisa,

que bem podia tratar-se de sementes.

Mas não, é coisa de doentes…


arfemo/
arlindo mota

(rep.)

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