A Preto e Branco

Data 04/08/2012 11:22:53 | Tópico: Poemas

O apelo às armas ditado pelos barões
Cai surdo na memória de seus homens
Rouba falsas vidas, incertos futuros
Derruba a inocência dos altos muros
Alegria infante de seus tantos jovens
Onde outrora sorriam ferozes canhões

As pedras arremessam silêncios alvos
Por entre nuvens de cinza silvadas
Qual música afinada de mudos tambores
Os órfãos choram nobres almas de dores
Cantar de virtuais sibilas chacinadas
Por vis lobos de mar, rebeldes uivos

Leves cores de nada nascem moribundas
Nas Heras que lhes trepam a forma sumida
Alimentadas pela infâmia do seu desejo
Cerrado em celas de lágrimas que gotejo
Doçura de qualquer mel, asco dessa vida
Que esvoaça tosca por sortes imundas




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