[Soergueste-te por entre os musgos]

Data 09/08/2012 05:15:44 | Tópico: Poemas

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Soergueste-te por entre os musgos que resistem nos
Cantos meus,

Chamar-lhe-ei de vida, inda vendo-te dançar
No meio das sílfides,
Olvida-se o perfume

que se mistura pela noite iluminada no quase raiar de dia.

Tão breve passagem, tão longa noite,
Tão longe da baía dos

cantos meus, tão dentro de mim.

E derivo-me assim,
À sorte,
Enquanto alguns relâmpagos despedaçam

os musgos que resistem.

Na verdade te digo, procuro-te por essa noite
Que jamais esqueci,

procurará-la-ei sempre.




à sorte – sem a reflexão necessária, ao acaso, à toa


“Pára-me de repente o pensamento
Como se de repente refreado
Na doida correria em que levado
Anda em busca da paz do esquecimento”

(“Soneto” Ângelo de Lima)

“- Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide adormeceu no leito de uma orquídea branca.



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