
Para sempre...
Data 09/08/2012 10:50:15 | Tópico: Poemas
| A esperança se envolve num manto de segurança Aprendo com ela a atrair bonança Nos dias intranquilos em que viro onça Ai, tamanha pertinência a minha, rainha De coisa pouca mas fico rouca ao gritar Parem… recuso-me a olhar a minha condição Afinal tenho o mundo na minha mão. Doidice vencida de repelão Nada com nada tão grande aflição
A que me leva a gritar Porquê? Porque me julgo sem julgar Me olho sem olhar Penso e repenso sem me escutar Meu pobre coração aguenta Os olhos cansados ainda vislumbram a minha imagem Tosca no fundo da bacia onde a água fria segreda
Deixa de que vale perder tempo O tempo é cúmplice num contratempo Em que a terra chama e a voz se cala Para sempre no vento.
Poesia de Antónia Ruivo. http://porentrefiosdeneve.blogspot.pt/
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